Conheci no Paraná um exemplo de luta em forma de homem
Seu primeiro nome é Valter, depois Violim é o seu sobrenome
Desde os seus sete anos lavrando a terra com os pais e os irmãos
Em cinco alqueires e meio lá em São Martinho com calo nas mãos
Foi então que o Zé Camilo de Centenário do Sul
Mostrou ao seu pai um sítio frondoso e bonito, o Aracaju
Pagando uma parcela deixaram Jaguapitã
O restante o dono aceita pagar com a colheita que desse amanhã
Então pra quitar o sítio com dedicação a família se empenha
Depois trocaram seu nome que hoje é Nossa Senhora da Penha
Comprou diversos bezerros, gado para engorda só por garantia
Era um capital seguro, caso no futuro precisasse um dia
Foi crescendo e expandindo com laranja e com café
Também cultivava soja, cana, milho e trigo em terra massapé
O seu pai sempre ensinava pras culturas variar
Quando uma não vingava outra não faltava pra lhe sustentar
Dos muitos e bons conselhos que o seu pai lhe dava me pôs a contar
Olhe a terra, e não o preço, quando propriedades você for comprar
A terra boa se paga e a terra sem preço só dá prejuízo
Não é só ganhar dinheiro, saber empatar também é preciso
Assim ele foi crescendo, seguindo as lições com fé
E diante da geada a carga erada resiste no pé
Muita gente em Pitangueiras com as lavouras queimadas
Desistiram e foram embora e as terras na hora por ele compradas
Os louros desta vitória Valter deve parte às mulheres que tem
Dona Vilma, sua esposa, é o grande esteio que a casa contém
Suas filhas, a Valquíria também a Vanessa cursando Direito
Formada em Processamento tem a Vanderléia, está tudo perfeito
A caçulinha Valéria faz Administração
Juntas são o expoente que projeta à frente quem é campeão
O detalhe da vitória, todos tem o V no nome
Em cada dia que amanhece o Paraná cresce nas mãos deste homem